COMENTARISTA DA REDE GLOBO PODE ASSUMIR O INTERNACIONAL
Após demitir o uruguaio Jorge Fossati na noite desta sexta-feira, o Internacional já cogita nomes para assumir o comando da equipe. Além de cobiçar treinadores como Cuca, Nelsinho Baptista, Mario Sérgio e Abel Braga, o time gaúcho pode surpreender e optar por Paulo Roberto Falcão, comentarista da Rede Globo e ex-volante da Seleção Brasileira.
Perguntado sobre a possibilidade, Falcão desconversou, mas disse que sonha em trabalhar no comando de alguma equipe no futuro, abrindo espaço para especulações, em entrevista à Rádio Gaúcha.
"Não posso responder uma coisa que eu não penso. Não nego que estou pensando em voltar a treinar, e acho que vou fazer isso. Mas falo isso há mais de seis meses. Tenho que me preparar. Quero em um futuro próximo ter condição de montar um time", disse o ex-jogador.
Falcão afirmou que em sua carreira como atleta, fez tudo direito e teve sucesso, reforçando que a única coisa que faltou foi um bom trabalho como treinador. "Acho que joguei bola direitinho. E tudo que fiz com tempo fiz bem. Com vocês, na imprensa, acho que faço um bom trabalho. A única coisa que faltou foi como treinador. Nunca tive a oportunidade de fazer um trabalho como eu gostaria", revelou.
O comentarista já teve uma breve experiência no comando da Seleção Brasileira, assumindo o comando do time canarinho após a Copa de 1990, na Itália. A experiência, porém, não foi boa, e Falcão deu lugar a Carlos Alberto Parreira, que classificou a equipe para a Copa do Mundo de 1994 com certa dificuldade, mas levantou o caneco mundial nos Estados Unidos.
"Não posso responder uma coisa que eu não penso. Não nego que estou pensando em voltar a treinar, e acho que vou fazer isso. Mas falo isso há mais de seis meses. Tenho que me preparar. Quero em um futuro próximo ter condição de montar um time", disse o ex-jogador.
O JOGADOR FALCÃO
Se não vingou como técnico, Paulo Roberto Falcão, atualmente com 56 e nascido em Abelardo Luz-SC, foi um exímio jogador de futebol. Nos anos 70, teve grande destaque no próprio Internacional atuando como volante avançado. No Colorado, conquistou cinco títulos gaúchos (1973, 1974, 1975, 1976 e 1978), além do bicampeonato brasileiro, em 1976 e 1979.
Nos anos 80, transferiu-se para a Roma, onde ficou conhecido como "Rei de Roma" por suas belas atuações no meio-de-campo da equipe italiana. Lá, conquistou o título italiano, em 1983. Estreou na Seleção Brasileira em 1976, mas acabou ficando de fora da convocação do técnico Claudio Coutinho para o Mundial de 1978, na Argentina.
Em 1982, fez parte daquela que foi e ainda é considerada por muitos o melhor selecionado nacional brasileiro de todos os tempos, comandado por Telê Santana, na Copa do Mundo da Espanha. Apesar do futebol brilhante apresentado, foi eliminado pela Itália com o restante da equipe, com a derrota por 3 a 2, no extinto Estádio Sarriá.
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