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ESPECIAL 2010

ESPECIAL BLOG DO SÃO PAULO
LIBERTADORES DA AMÉRICA



“...Segue a tua senda de vitórias, Colorado das glórias, orgulho do Brasil...” O trecho extraído do belo hino do Sport Club Internacional traduz bem o que foi a edição de 2009 da Taça Libertadores da América. O Inter fechou a melhor década de sua história, com um títuloglorioso não apenas para os colorados, mas também para o Brasil. A exceção, é lógico, é a metade azul do Rio Grande do Sul.
Valente, sem deixar de ter qualidade técnica, o time comandado por Celso Roth acabou com uma série de três anos sem o título continental do futebol brasileiro. Nos aos anteriores, Grêmio, Fluminense e Cruzeiro chegaram às grandes finais, mas sucumbiram perante Boca Juniors-ARG, LDU-EQU e Estudiantes-ARG.
No entanto, para chegar até à taça, os gaúchos precisaram percorrer um caminho árduo, encarando os sempre indigestos argentinos - Banfield e Estudiantes - e o São Paulo antes da final contra o Chivas-MEX.
A grande decepção entre os brasileiros, como não poderia deixar de ser foi o Corinthians. No ano de seu centenário, o time alvinegro apostou todas suas fichas no torneio e saiu de mão abanando no “cassino da Libertadores”. Apesar de eliminar o Timão, o Flamengo também não foi muito longe e viu sua torcida ser calada por um certo meia chamado Montillo.
Cruzeiro e São Paulo não chegaram ao tão sonhado título, mas ao menos podem falar que não deram vexame. Afinal, o regulamento esdrúxulo da competição tem como objetivo dificultar ao máximo que dois brazucas cheguem à decisão. Por isso, o Sampa eliminou a Raposa e, mais tarde, caiu perante o carrasco Internacional.

As várias primeiras fases 

Ao contrário do que se esperava, a primeira fase não foi um mar de rosas para os clubes brasileiros. O Cruzeiro, que teve de encarar a Pré-Libertadores, o Flamengo e o próprio Internacional precisaram suar muito para garantir suas vaguinhas nas oitavas. O São Paulo teve um pouco mais de tranqüilidade, enquanto o Corinthians passeou.

O time alvinegro, do então técnico Mano Menezes, terminou com a melhor campanha da primeira fase, com cinco vitórias e um empate. Também pudera, o sorteio foi bondoso com o clube que encarou no Grupo 1 adversários praticamente inofensivos, como Racing-URU, Independiente de Medelín-COL e um Cerro Porteño-PAR, que nem de longe honra suas tradições. Talvez, este tenha sido o grande problema do Timão. A Libertadores, para ele, só começou nas oitavas.



Mesmo com um futebol pouco vistoso, o São Paulo também passou pela primeira fase sem grandes problemas. Ainda que o técnico Ricardo Gomes não tenha encontrado o time ideal e nem se encontrado, o Tricolor deixou para trás no Grupo 2 times perigosos como o Once Caldas-COL e Monterrey-MEX, além do limitado Nacional-PAR.

O Inter não entrou tão “poderoso” na Libertadores. Pelo contrário, ele começou discreto e foi evoluindo. Sua primeira fase não foi grande coisa. Tanto que a vaga e o primeiro lugar só foram garantidos na última rodada contra o Deportivo Quito-EQU. Os outros times o Grupo 5 eram Cerro-URU e Emelec-EQU.

O Cruzeiro não deu a mesma sorte dos outros brazucas e pegou um grupo indigesto. O Grupo 7 contou com outros dois times fortes: Velez Sarsfield-ARG e Colo Colo-CHI, alémdo coadjuvante Deportivo Itália-VEM. Os três principais times do grupo lutaram pelas duas vagas até o final, e a Raposa ficou com o segundo lugar, atrás dos argentinos.
Por fim, o Flamengo também sofreu para garantir a segunda posição do Grupo 8. A Universidad do Chile-CHI, comandada por Montillo, hoje no Cruzeiro, ficou com a primeira colocação. Já o Mengo brigou contra a Universidad Católica-CHI pela outra vaga. O Caracas-VEN foi o lanterna.

Fim do sonho... Mais uma vez!


Terminar como o time de melhor campanha na frase de grupos não foi nada benéfico para o Corinthians. Isso porque o Flamengo fez o favor de ter a pior campanha entre os segundos colocados. A partir daí todos já sabem a história. Em confronto entre dois gigantes brasileiros não há favoritos, independente do momento vivido por cada um.



Na primeira partida no Maracanã, o Fla conseguiu uma vitória apertada, por 1 a 0, com gol de Adriano Imperador, debaixo de muita chuva. Na volta, pressionado pela necessidade de vencer por dois gols de diferença, o Timão até conseguiu abrir 2 a 0, no Pacaembu, com David (contra) e Ronaldo. Na segunda etapa, porém, Vágner Love fez o trágico gol que deixou os alvinegros na fila novamente.
Após sofrer na primeira fase, o Cruzeiro não teve dificuldades para superar o Nacional-URU. Venceu em Belo Horizonte, por 3 a 1, e, em Montevidéo, por 3 a 0. O São Paulo encontrou mais dificuldades e, após dois empates sem gols, superou o frágil Universitário-PER, por 3 a 1, nos pênaltis.
A classificação do Inter também foi quase um parto. Tudo por conta o péssimo primeiro jogo, em Buenos Aires. O Colorado perdeu, por 3 a 1, na ida, resultado que o deixou bem perto da eliminação. Na volta, porém, o time mostrou poder de reação e conseguiu a classificação com uma vitória, por 2 a 0, no Beira-Rio.

Começa a se desenhar um campeão

A fase de quartas-de-final foi a fase da definição. Inter e São Paulo conseguiram as vagas de forma tão convincente, que o confronto entre ambos nas semifinais poderia ser considerado uma final antecipada. O Flamengo, por sua vez, sucumbiu diante da surpreendente Universidad do Chile. Já o Chivas-MEX deixou para trás o Libertad-PAR.

O Tricolor jogou nas quartas o que não havia jogado em todo o ano. O recém-contratado Fernandão encaixou perfeitamente no esquema de Ricardo Gomes. Em um Mineirão abarrotado, o time paulista bateu o Cruzeiro, por 2 a 0, e praticamente liquidou a classificação. A vaga foi “oficializada” no Morumbi, com outro 2 a 0, e a revanche por 2009.

Enquanto isso, o Inter teve outra grande batalha, digna de um clube campeão. Pela frente, os gaúchos tiveram ninguém menos que o atual campeão Estudiantes. No Beira Rio, a vitória veio apenas nos minutos finais, através do zagueiro Sorondo. O placar de 1 a 0 acabou sendo valioso, já que na volta o talismã Giuliano fez o gol mais importante do Colorado. Aos 43 do segundo, ele fez o gol que salvou a equipe da eliminação. A derrota por 2 a 1 garantiu a vaga.

Depois do São Paulo, foi só cumprir tabela

Com Corinthians, Cruzeiro, Flamengo e Estudiantes fora do caminho, São Paulo e Inter fizeram uma final nas semifinais. Os dois times chegaram com o grande favoritismo. Neste meio tempo, teve a Copa do Mundo e a troca de técnico no time do Sul. Saiu Jorge Fossati e entrou Celso Roth.




O período da Copa parece não ter feito bem ao Tricolor, que teve uma atuação irreconhecível na ida no Beira Rio. O Inter ganhou, por 1 a 0, mas poderia ter saído de campo com uma goleada. Na volta, o time do Morumbi até que foi bem, mas o golzinho fora de casa, mais uma vez salvou os gaúchos.

Após três batalhas incríveis, a decisão pareceu “fichinha” para os colorados. Logo na ida, em Guadalajara, a equipe de Celso Roth venceu, por 2 a 1, de virada, garantindo uma boa vantagem para a volta. Em Porto Alegre, apesar do susto no gol de Bautista, no primeiro, o Inter se recompôs e construiu a vitória, por 3 a 2.

O segundo título da Libertadores foi mais do que merecido pela evolução do time na competição. Além disso, serviu para coroar um década de ouro, onde o clube conquistou seis estaduais, duas Libertadores, um Mundial de Clubes da Fifa, uma Sul-Americana e uma Recopa. Alguém ainda duvida que o Inter é o orgulho do Brasil?



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