Clique aqui e encontre um Template com a sua cara - Templates for Blogger»

PARABÉNS SANTOS PELOS 99 ANOS

"O ÚNICO CLUBE QUE PAROU UMA GUERRA"


Nesta quinta-feira, dia 14 de abril de 2011, o alvinegro praiano completa seu 99º aniversário com muitas glórias e emoções. Como diz o hino oficial do Santos: “Nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter.”

De modo geral, todos os clubes de futebol têm uma boa história para contar. Luta, perseverança, superação, conquistas e glórias pontuam muitas delas. Porém, um clube conseguiu um feito único na história do futebol mundial: parar uma guerra.

FEVEREIRO DE  1969
O Santos, bicampeão mundial, era a maior atração que se podia imaginar quando o assunto era futebol. Uma constelação de craques, capitaneados por sua estrela-maior, Pelé, excursionava pelos quatro cantos do mundo encantando multidões. O comércio fechava as portas e os estudantes faltavam às aulas para ver “o maior espetáculo da Terra”. Lamentavelmente, ao chegar no Congo Belga – atual República Democrática do Congo –, a equipe encontrou um país em guerra. Mas, naquele dia, grupos rivais de Kinshasa e de Brazzaville interromperam o confronto para que as cidades pudessem assistir aos jogos dos “embaixadores do futebol”. Gilmar, Rildo, Lima, Pelé, Edu e companhia garantiram o espetáculo em terras africanas.

HISTÓRIA 
O Santos F.C. foi fundado em 14 de abril de 1912, por iniciativa de três esportistas – Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Junior –, que convocaram uma assembleia na sede do Clube Concórdia (localizado na Rua do Rosário nº18), para a criação de um time de futebol da cidade. Durante a reunião de fundação, surgiram várias sugestões de nome como Concórdia, África, Brasil Atlético, dentre outros. Mas os participantes da reunião aclamaram, por unanimidade, a proposta de Edmundo Jorge de Araújo: a denominação Santos Foot-Ball Club.

A primeira apresentação do time, considerada como jogo-treino, ocorreu em 23 de junho de 1912, no campo da Vila Macuco, contra um combinado local. O confronto foi vencido pelo Santos pelo placar de 2 a 1, com gols de Anacleto Ferramenta e Geraule Ribeiro. O time entrou em campo com: Julien Fauvel; Simon e Ari; Bandeira, Ambrósio e Oscar; Bulle, Geraule, Esteves, Fontes e Anacleto Ferramenta.

O primeiro jogo oficial aconteceu apenas em 15 de setembro de 1912. O Santos venceu o Santos Athletic Club (atual Clube dos Ingleses) por 3 a 2, no campo da Avenida Ana Costa, 22 – local onde hoje se encontra a Igreja Coração de Maria. O primeiro gol do confronto foi marcado por Arnaldo Silveira (que tinha o apelido de Miúdo). O tento é considerado o primeiro da história do clube. Os outros dois gols foram anotados pelo próprio Miúdo e por Adolpho Millon Júnior. O time estreante entrou em campo com a seguinte formação: Julien Fauvel; Sidnei e Arantes; Ernani, Oscar e Montenegro; Millon, Hugo, Nilo, Simon e Arnaldo Silveira.

Já no início de 1913, o Santos recebeu um convite da Liga Paulista de Futebol para disputar o campeonato estadual daquele ano. Esta foi a primeira competição oficial disputada pelo clube. A estreia aconteceu no dia 1º de junho, diante do Germânia. O resultado, porém, não foi nada animador: derrota por 8 a 1. O Santos jogou com Durval Damasceno, Sebastião Arantes e Sydnei Simonsen; Geraule Ribeiro, Ambrósio Silva e José Pereira da Silva; Adolfo Millon, Nilo Arruda, Anacleto Ferramenta, Harold Cross e Arnaldo Silveira.

Desde os primeiros anos de existência, o time de futebol do Santos obteve êxitos memoráveis, tanto em jogos locais como internacionais. Seu primeiro título de campeão paulista aconteceu em 1935, dois anos após o profissionalismo futebol brasileiro. Neste ano consagrou-se o primeiro artilheiro do Santos, Araken Patusca, irmão do atacante Ary, que anteriormente havia defendido o alvinegro praiano.

Vinte anos mais tarde, o Santos chegou a seu segundo título paulista e, na sequência, o bicampeonato, em 1956. Manga, Zito, Tite, Ramiro, Del Vecchio e Pepe, o eterno “canhão da Vila”, iniciaram uma época de domínio no futebol brasileiro que duraria muitos anos. No ano seguinte, chegaria à Vila Belmiro, trazido pelas mãos de Valdemar de Brito, o menino Pelé, de 15 anos, que deu novo impulso à história do Santos, levando-o a conquistas que enalteceram o futebol brasileiro no planeta. O Santos de Pelé fez seu nome no exterior. Praticamente deu a volta ao mundo, encantando torcedores com o futebol mágico de seus craques. Formou um ataque memorável: Dorval, Mengávio, Coutinho, Pelé e Pepe.

Iniciada a “Era Pelé”, tornou-se monótono ver o time santista erguer taças. Torcedores de outros clubes sentiam um misto de emoções, admiração e ódio correrem nas veias. Já o santista ignorava discussões futebolísticas: seu time elevou-se a outro patamar esportivo. Rádio, televisão ou arquibancadas testemunharam extasiados a conquista de 22 títulos entre os anos de 1960 a 1969, dentre eles o bimundial interclubes (1962/1963), bicampeão da Taça Libertadores da América (1962/1963), oito paulistas e seis nacionais.

Após a “Era Pelé”, o Santos F. C. continuou seu caminho de glórias. Em 1978, formou a primeira geração dos “Meninos da Vila” com Nílton Batata, Juary, Pita, João Paulo e companhia. O time faturou o estadual daquele ano. A segunda geração, em 2002, teve a dupla Diego-Robinho, além de Renato, Léo e Elano, peças fundamentais na conquista do campeonato brasileiro em cima do Corinthians. Elano e Robinho ainda ficaram no elenco santista que faturou novamente o título do brasileiro em 2004. E, agora, ambos retornaram ao clube que, entre uma pedalada e outra, acelera com a terceira geração que já teve André e Wesley, ao lado dos mágicos Paulo Henrique Ganso e Neymar. Com futebol alegre e rápido, em 2010, os “Meninos da Vila” trouxeram o campeonato paulista e mais um título inédito ao clube: a Copa do Brasil. O ataque foi arrasador e emplacou algumas goleadas: 10 a 0 contra o Naviraiense e 8 a 1 contra o Guarani. Neymar marcou cinco vezes neste jogo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário