SÃO SILVESTRE 2011
SÃO SILVESTRE: TÍOPE DISPARA E VENCECOMO GRANDE SURPRESA
Irmão também é campeão, mesmo assim foi uma surpresa
O etíope Tariku Bekele pôs fim
à hegemonia de quenianos e brasileiros e venceu a Corrida Internacional de São
Silvestre, neste sábado, em São Paulo, debaixo de muita chuva, principalmente
na metade final dos 15 quilômetros. O corredor de 24 anos é especialista em
provas rápidas e só havia corrido esta distância uma vez na carreira. Ele foi
campeão mundial indoor nos 3.000 metros em 2008 e, no mesmo ano, chegou em
sexto nos 5.000 metros nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Esta foi a segunda vez que um etíope
venceu a prova, repetindo Tesfaye Jifar, campeão em 2001. Tariku é irmão mais
novo de Kenenisa Bekele, um dos maiores nomes do atletismo na atualidade,
bicampeão olímpico dos 10.000 metros.
MARILSON EM OITAVO
Campeão em 2010 e melhor atleta que não do Quênia no ranking mundial da
maratona neste ano, Marílson ficou longe da disputa pela vitória. Com um terço
de prova ele já estava cerca de 100 metros atrás do pelotão, formado por Bekele
e outros quatro (depois três) quenianos. Ele terminou a prova apenas na oitava
posição, como segundo melhor brasileiro. À frente dele, em sétimo, chegou
Damião de Souza, que correu lado a lado com Marílson durante a maior parte da
prova.
O queniano Martin Lel, que chegou ao Brasil como favorito,
respaldado por dois títulos na Maratona de Londres, também decepcionou e
terminou apenas na quarta colocação. À frente dele, outros dois quenianos: Mark
Korir e Matthew Kisorio. No quinto lugar, cruzou o marroquino Najin El Qady.
O vencedor da prova começou a desgarrar do pelotão a partir da
metade da prova, quando a chuva apertou em São Paulo. Especialista em provas
mais curtas, ele abriu larga vantagem até a subida da Brigadeiro, mas depois
reduziu o ritmo, a ponto de não conseguir bater o recorde da prova, o que
parecia certo. O tempo de 43min35s ficou 23 segundos acima da marca de Paul
Tergat (Quênia) na São Silvestre de 1995.
QUÊNIA AINDA LIDERA
O Quênia segue sendo o maior vencedor da prova masculina, com 12 vitórias,
contra 11 do Brasil. Desde 1992, quando Simon Chemwoyo foi o primeiro queniano
a vencer em São Paulo, o único atleta que não queniano ou brasileiro a chegar à
frente havia sido o etíope Jifar, em 2001.
Neste ano, o percurso da São Silvestre foi bastante modificado
com relação aos anos anteriores. Depois da largada na Av. Paulista, os
corredores seguiram em direção à Av. Doutor Arnaldo, desceram a Rua Major
Natanael, passaram pelo Estádio do Pacaembu e percorreram toda a extensão da
Av. Pacaembu, até a Av. Marquês de São Vicente.
Depois de passar pelo centro velho de São Paulo e subirem a Av.
Brigadeiro Luis Antônio, como é tradicional, a prova trocou o retorno à Av.
Paulista pela ida até o Obelisco do Ibirapuera, onde ocorreu a chegada.
COM RECORDE EM NOVO PERCURSO
A queniana Priscah Jeptoo
venceu a prova feminina da Corrida Internacional de São Silvestre, neste
sábado, em São Paulo. A vice-campeã mundial da maratona, feito atingido em
Daegu, em agosto, ignorou a forte chuva que caia sobre a capital paulista e
venceu os 15 quilômetros com o tempo de 48min48s, melhor marca da história da
prova. O trajeto, porém, sofreu alterações neste ano e a chegada aconteceu no
Obelisco do Ibirapuera.
A única atleta a fazer frente a Jeptoo foi a etíope Wude Ayalew,
que correu praticamente ao lado da queniana durante toda a prova. Nos metros
finais, as duas tentaram o sprint, mas Ayalew acabou errando o percurso. Quando
a pista foi afunilada com cones, já o Ibirapuera, ela se dirigiu para o lado
errado, desperdiçou algumas passadas, e não conseguiu fazer a ultrapassagem.
As duas mantiveram enorme folga sobre as demais competidoras
desde os primeiros quilômetros. Tanto que a terceira colocada, a queniana
Eunice Kirwa, chegou cerca de dois minutos depois. Nenhuma brasileira subiu ao
pódio. A melhor atleta do País foi Cruz Nonato, que cruzou a linha de chegada
na sexta posição. À frente dela, também Ejjafini Nadia, da Itália, e Rumokol
Chepkanan, do Quênia.
NOVO PERCURSO
Esta foi a nona vez que uma queniana venceu a prova feminina da
São Silvestre. Nos últimos dois anos as vitórias também haviam ficado com
atletas daquele país: Pasalia Kipcoech Chepkorir e Alice Timbilili. O Brasil,
que tem cinco vitórias, não fica com o título entre as mulheres desde 2006, com
Lucélia Peres.
Neste ano, o percurso da São Silvestre foi bastante modificado
com relação aos anos anteriores. Depois da largada na Av. Paulista, os
corredores seguiram em direção à Av. Doutor Arnaldo, desceram a Rua Major
Natanael, passaram pelo Estádio do Pacaembu e percorreram toda a extensão da
Av. Pacaembu, até a Av. Marquês de São Vicente.
Depois de passar pelo centro velho de São Paulo e subirem a Av.
Brigadeiro Luis Antônio, como é tradicional, a prova trocou o retorno à Av.
Paulista pela ida até o Obelisco do Ibirapuera, onde ocorreu a chegada.
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