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RIVER PLATE DE CARMÓPOLIS

RIVER PLATE-SE, É DESTAQUE NO SITE DO GLOBO ESPORTE
((CONFIRA A MATÉRIA POSTADA NO SITE DO GLOBO ESPORTE))

BRASIL A FORA: PROCURAM-SE ARGENTINOS PARA O ELENCO DO 
RIVER PLATE-SE

'Pressionado', presidente do clube admite contratar hermano para o clube, que pega Botafogo na Copa do Brasil e jamais enfrentou o Boca Juniors-SE.



Já imaginou o clássico Boca Juniors x River Plate sendo disputado em Sergipe? Pois isso pode acontecer mais fácil do que você imagina. Não com os grandes clubes argentinos, diga-se de passagem, mas sim com dois xarás nordestinos que disputam o Campeonato Sergipano. Entretanto, falta combinar com o destino. As equipes não conseguem se enfrentar nem mesmo quando estão na mesma divisão do Estadual e há dificuldades para marcar um simples amistoso.
Antes de realizar esse sonho, o River Plate-SE, campeão sergipano em 2010, enfrentará um gigante do futebol brasileiro. Debutante na Copa do Brasil, terá pela frente o campeão carioca, o Botafogo, dia 23 , em casa. Conseguir um bom resultado para que haja o segundo jogo no Rio de Janeiro é o objetivo principal agora do clube, que quer colecionar pitorescas histórias como a do clássico jamais disputado com o Boca, iniciada em 2007.
Nessa época, o compositor Beto Caju, apaixonado por futebol, decidiu criar um clube. Como em Sergipe já existia a Sociedade Boca Júnior de Futebol Clube, cuja criação foi em 1993, na cidade de Cristinápolis, ele entrou em acordo com o São Cristóvão, fundado em 1967 em Carmópolis, para mudar o nome e transformá-lo em Sociedade Esportiva River Plate.
A ideia era conseguir ajuda do famoso River Plate, principalmente com material esportivo e até com jogadores, e de quebra movimentar o futebol de Sergipe criando uma rivalidade com o Boca de Cristinápolis, que fica a 146km de Carmópolis.
Não deu muito certo. Apesar de o xará virar notícia até na Argentina, o River original jamais deu bola para o sergipano. Em compensação, dinheiro não faltou. Carmópolis é uma cidade que convive com polpudos royalties de petróleo, que dão ao município cerca de R$ 20 milhões por ano. O governo municipal passou a apoiar o time. A folha salarial hoje é de R$ 180 mil, bem diferente da realidade do futebol nordestino.
A prefeita Esmeralda Mara Silva Cruz, em viagem à Argentina, trouxe na bagagem uniformes do River Plate. Tudo para que o clube sergipano pudesse confeccionar as camisas de forma mais mais semelhante possível à do River original.
O tão esperado clássico com o Boca Juniors também nunca saiu dos sonhos. Quando surgiu, em 2007, o River ficou em um grupo diferente do Boca na Segundona de Sergipe. O time de Cristinópolis se classificou para as semifinais, subindo de divisão na sequência. O River, não. Em 2009, de novo os clubes ficaram em chaves diferentes. Dessa vez quem passou de fase foi o representante de Carmópolis. O Boca ficou na Segundona, e em 2010 viu o River Plate ser campeão na elite logo em sua primeira participação.
- Quando eles não estão disputando campeonato, desativam o futebol. Por isso fica difícil até marcar amistoso - explicou o atual presidente do River, Ernando Rodrigues.


Se o tão esperado embate não acontece, o River já estuda a possibilidade de se identificar com os hermanos de uma outra forma. A diretoria espera, em breve, contar com jogadores argentinos em seu plantel.
- É tanta gente perguntando que já estamos pensando nessa possibilidade. Já teve um empresário de São Paulo oferecendo jogadores argentinos... Mas tem que ser bom de bola, senão não vale. O River está começando sua história agora e teremos tempo para isso - explicou o dirigente.
'VOCÊ NÃO VALE NADA, MAS EU GOSTO DE VOCÊ '
Ernando assumiu o River Plate no fim de 2009. Sem tempo para comandar o clube, Beto Caju passou a presidência do clube para ele. Mas foi com o compositor que surgiu uma das histórias mais curiosas do time de Carmópolis. Durante a Segundona de Sergipe, o time estampou a marca do grupo de forró Calcinha Preta como um de seus patrocinadores. Fruto da amizade de Caju com a banda, que ficou famosa durante a novela "Caminho das Índias" com o hit "Você não vale nada, mas eu gosto de você".
- O Beto Caju fez uma proposta para o grupo e nós aceitamos. Já patrocinamos também o Confiança, o Itabaiana... Sempre que possível, ajudamos os clubes de Sergipe de alguma forma - disse o empresário do Calcinha Preta, Gilton Andrade.

UM OUTRO RIVER NO CAMINHO DO BOTAFOGO 
Já sem o Calcinha Preta no peito e reforçado pelos royalties, o River tem agora a missão de defender a honra de Sergipe em uma competição nacional. Como é o atual campeão estadual, ganhou vaga na Copa do Brasil. E terá pela frente nada menos do que o campeão carioca, o Botafogo.
Para o Bota, o nome não traz boas lembranças. O River argentino eliminou o Alvinegro nas oitavas de final da Copa Sul-Americana de 2007. Com um a menos no jogo de volta, na Argentina, marcou três gols no segundo tempo e venceu por 4 a 2 de forma surpreendente. Agora, há quem aposte em um novo resultado improvável.
- Já joguei no clube e sei que o Botafogo não tem um histórico muito bom contra times pequenos na Copa do Brasil. Já foi eliminado pelo Santa Cruz no Engenhão. Eu mesmo já saí dessa competição jogando pelo Botafogo e sendo derrotado pelo Remo... Passo essas coisas para os meus companheiros - disse o zagueiro Valdson.



Sim, é ele mesmo. Valdson defendeu o Botafogo de 2000 a 2002. Teve bons momentos pelo clube e chegou até a ser especulado na Seleção Brasileira. Para quem achava que ele estava aposentado, o sergipano mostra que ainda tem muito gás para jogar futebol e até sonha com uma possível aposentadoria no Glorioso.
- Eu tenho uma causa trabalhista contra o Botafogo, assim como muitos outros jogadores, e talvez isso dificulte um pouco. Mas tenho esse sonho, sim, de encerrar a carreira lá ou até em um outro grande clube. Felizmente no Brasil está acabando essa história de que jogador com mais de 30 anos está velho. O que eu tenho que fazer é me manter bem fisicamente para ganhar uma oportunidade - disse Valdson, que completa 36 anos em maio.
Além de Valdson, o River Plate tem em seu elenco o atacante Bebeto, ex-Corinthians, e outros jogadores que perambularam pelo forte interior paulista. Também de São Paulo veio o treinador Ailton Silva, que trabalhava nas categorias de base da Portuguesa.

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